Imagem: REUTERS/Khalid al-Mousily
Fonte: UOL
Os sentimentos de raiva e de impotência cresciam entre os iraquianos nesta terça-feira (13), após o incêndio no Hospital Al Hussein, na Nassíria (sul), onde pelo menos 64 pessoas morreram, em um novo teste e evidência da má gestão do sistema de saúde.
O incêndio teve origem na área de pacientes em tratamento de covid-19, que conta com 70 leitos. Além dos 64 mortos, cerca de 100 pessoas ficaram feridas, conforme último boletim das fontes sanitárias. Até o momento, apenas 39 corpos puderam ser identificados.
Uma fonte do departamento de saúde da província, atribuiu o incêndio à explosão de garrafas de oxigênio. Há dois meses e meio, uma tragédia quase idêntica aconteceu em um hospital de Bagdá, desta vez, deixando mais de 80 mortos.
Ontem, durante horas, o fogo devastou a unidade anticovid-19 do hospital, uma ala pré-fabricada instalada meses atrás ao lado do hospital. Quando os bombeiros conseguiram controlar as chamas, o cenário era desolador: tetos afundados, paredes enegrecidas, vidros quebrados e peças de roupas espalhadas pelo chão.
Cenas de caos se seguiram ao longo da noite, com centenas de pessoas se aglomerando no local para tentar ajudar bombeiros e socorristas a resgatarem os pacientes presos nas chamas.
Um vídeo emocionante divulgado nas redes sociais mostrava um policial soluçando ao saber da morte de dois de seus familiares.
Em alguns casos, vários membros de uma mesma família morreram no incêndio, atingindo pacientes e parentes que haviam ido visitá-los.
Ao leste da cidade, um funeral coletivo foi realizado para seis membros de uma família. E, em outro, ao norte de Nassíria, dois irmãos e duas irmãs foram enterrados.